segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O eterno convite do desconhecido



     De meu quarto escuto, os risos e lampejos do que há lá fora: homens, mulheres, crianças, animais, seres e mais seres. Singulares comigo, ouvindo-os por instantes me perco em meio a tantas verdades e naturalidades.
     No agora, o mais vasto campo de energia existente esta à tua frente, tens os momentos para flagrar e a perder em singelos segundos de tempo do relógio contados. Este mesmo tempo, do qual, os seres humanos seguem sem parar, visto que já são meros vassalos, sem liberdade fora dos tic e tacs ali explícitos. Porém, quando teu ser torna-se presente, não coincide com a natureza infinita dele viver aliado ao tempo que, muito mais o limita, do que o amplifica no desconhecido. 
     Algo que se vive e se percebe quando libertos estamos, é perceber e romper os laços da beleza estética e sim, apreciar o natural estado do mundo onde estamos, sentir, tocar, ouvir tudo que se manifesta. Todo conceito que tu, antes te agarravas e prendia-te, não faz mais sentido, afinal, por que limitar o que se aplica no infinito como singelo e autêntico
     As identidades que carregas já não habitam mais em teu sublime jeito de ser, pois agora, tu simplesmente aliou-te ao agora, longe do tempo, sendo, vivendo, conhecendo e não mais julgando, dividindo, decompondo, despedaçando. Eternizou-te! És apenas, ser.
     É no presente que tu triunfas, em conjunto, em unidade, singular ao mundo. Chame do que quiser, Deus, energia, desconhecido, fora do comum, porém, não tentes definir o indefinível, ao menos, desfrute. 

Livre estás, para amar e compartilhar a harmonia universal. 


"O vento que aqui bate
Outrora lá bateu
Equidade para ser
O que sempre se sucedeu

Coeso e habitando
Singular junto ao mundo
Hoje, papel e caneta
Levam-me ao triunfo

Respirar e sentir
O que nunca vivi
O desconhecido te explora
Contrariando longas histórias

Amigo, alia-te ao agora!"